Eliseu
aumenta o azeite da viúva
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Reis 4.1 a 7 - " E uma mulher, das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a
Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo
temia ao SENHOR; e veio o credor, para levar os meus dois filhos para serem
servos.
2 E Eliseu lhe disse: Que te hei
de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada
em casa, senão uma botija de azeite.
3 Então disse ele: Vai, pede
emprestadas, de todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas.
4 Então entra, e fecha a porta
sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o azeite em todas aquelas vasilhas, e
põe à parte a que estiver cheia.
5 Partiu, pois, dele, e fechou a
porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam as vasilhas, e ela as
enchia.
6 E sucedeu que, cheias que
foram as vasilhas, disse a seu filho: Traze-me ainda uma vasilha. Porém ele lhe
disse: Não há mais vasilha alguma. Então o azeite parou.
7 Então veio ela, e o fez saber
ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite, e paga a tua dívida; e tu e
teus filhos vivei do resto."
Hoje trataremos acerca do milagre
ocorrido na casa de uma viúva de um dos profetas, que falecera e deixou uma
grande dívida. Achando-se incapaz de saldar a dívida, enfrentou a possibilidade
de o credor tomar seus dois filhos para um período de escravidão. O texto em
Levítico 25:39-42 determina que se o devedor não pudesse pagar a sua dívida,
ele era obrigado a servir ao credor como escravo até o ano do jubileu. Deus,
porém, interveio e concedeu-lhe a provisão suficiente para atender a
necessidade urgente dela e de seus dois filhos.
De acordo com o historiador Flavo Josefo, “a viúva desta história era a
esposa de Obadias, o mordomo de Acabe em 1Reis 18. O motivo de a família estar
endividada era que Obadias havia sustentado os 100 profetas do Senhor que ele
escondera de Acabe e Jezabel”. Essa história é muito conhecida no meio cristão
tradicional e é um exemplo importantíssimo de como a provisão de
Deus funciona na nossa vida.
Esse milagre nos ensina
que o pouco com Deus torna-se muito e a escassez pode converter-se em
abundância. O Deus de Elizeu é também o nosso Deus. Ele é imutável - “Porque eu, o Senhor, não mudo…”(Ml 1:17). “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje e eternamente”(Hb
13:8) -, e mediante sua graça continua a alcançar os corações daqueles que
estão desesperados por um milagre em sua casa.
I. A MOTIVAÇÃO DO
MILAGRE
1. A necessidade
humana. A sociedade de Israel era
sobremodo injusta em relação às mulheres e crianças, vetando-lhes até mesmo os
direitos e privilégios garantidos por Deus ao seu povo. Mesmo em tempos de
avivamento espiritual, elas eram vistas como seres inferiores, impedidas de
participar dos cultos, das assembléias e das festividades religiosas.
Imaginem, então, numa época de apostasia, em que o temor de Deus havia
desaparecido; numa época em que cada um fazia o que queria, ignorando por
completo as leis de Deus!
Eliseu era
compromissado com Deus, não com as tradições, por isso não se calou frente à
injustiça, nem se deixou moldar pela teologia deturpada daqueles dias. Em seu
ministério, mais do que no de qualquer outro profeta, a mulher foi valorizada e
seus direitos respeitados. “A religião pura e sem mácula,
para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas
tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo”(Tg
1:27).
Foi naquele difícil contexto que a
esposa de um seminarista ficou viúva. Como herança, o aprendiz de profeta
deixou-lhe dois filhos para criar e uma dívida para saldar. Não havia pensão,
não havia seguro de vida e não havia ninguém por ela. Por isso, não tardou
surgirem os “abutres do lucro fácil”, ávidos por confiscar-lhe os filhos.
Não tendo a quem
mais recorrer, a pobre viúva apelou ao profeta Eliseu, apesar de saber que este
também não possuía recursos financeiros. Confiava que ele encontraria em Deus
uma saída para a crise. Ela sabia que o profeta Eliseu era um homem de Deus,
por isso recorreu a ele (2Rs 4:1). As Escrituras Sagradas mostram que o Senhor
socorre o necessitado: “Porque foste a fortaleza do
pobre e a fortaleza do necessitado na sua angústia…”(Is 25:4); “Porque o Senhor ouve os necessitados….”(Sl 69:33); “Cantai ao Senhor, louvai ao Senhor; pois livrou a alma do
necessitado da mão dos malfeitores” (Jr 20:13); “Eu sou pobre necessitado; mas
o Senhor cuida de mim; tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas,
ó meu Deus” (Sl 40:17).
Assim como os contemporâneos de
Eliseu abusavam das crianças necessitadas, tirando-lhes o direito, o respeito e
a dignidade. E os nossos contemporâneos, também têm feito o mesmo. Nossas
crianças têm sido comercializadas; sua inocência tem dado lucro a muita gente;
seu corpo angelical tornou-se um objeto de desejo; suas mãos delicadas se
transformaram em “mão-de-obra barata”; a formação do caráter e personalidade de
milhares de crianças inocentes e indefesas tem sido colocada à mercê de casais
homossexuais, com educação moral e espiritual totalmente desviada do padrão
judaico-cristão. Não podemos nos calar, nem fingir que tudo isso não acontece.
2. A misericórdia
divina. Diante do clamor daquela viúva (1Rs 4:1), Eliseu ficou
sensibilizado e não hesitou em atendê-la. Tal como Elias fizera em Sarepta
(1Reis 17), usou do pouco que ela tinha para resolver o problema. Deus
compadeceu-se daquela mulher sofredora e interveio na sua causa. O Senhor é
compassivo, misericordioso e longânime – “Piedoso é o Senhor e justo; o
nosso Deus tem misericórdia” (Sl 116:5). “As misericórdias do Senhor são a
causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm
3:22). Há grande suprimento para toda necessidade quando Deus
intervém. Coloque tudo o que tem nas mãos de Deus e, ainda que seja pouco, se
fará mais que suficiente.
II. A
DINÂMICA DO MILAGRE
1. Um pouco de
azeite. Diante do clamor da viúva, o profeta Eliseu perguntou-lhe: “Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela
disse: tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite”(2Rs
4:2). Eliseu havia compreendido o que Deus podia fazer usando um simples vaso
com azeite, a princípio insignificante, e então disse à mulher e a seus filhos
para pedir emprestado aos vizinhos a maior quantidade de frascos vazios que
pudessem (cf. 2Rs 4:3-5). O azeite era uma mercadoria muito apreciada em
Israel, servindo como alimento, medicamento, cosmético, combustível e para fins
religiosos. Aquela mulher demonstrou o seu calor por meio da fé e por meio de
um especial empenho para vender rapidamente o produto e saldar suas dívidas.
Muitas vezes, nos sentimos como
aquela viúva quando percebemos que o que nos resta parece algo absolutamente
insignificante, de modo que nem cogitamos que aquilo possa ser usado por Deus a
nosso favor. Contudo, essa história nos mostra que Deus tem poder para
transformar em muito aquilo que nos parece pouco.
2. Uma fé
obediente. A viúva e seus filhos olharam para todos os vasos cheios do azeite
que viera de sua pequena botija. Eliseu disse para ela vender o azeite e pagar
a dívida deixada por seu marido. Com o dinheiro que sobrasse, ela e seus filhos
poderiam viver por muito tempo. Aquilo foi realmente um milagre! Deus trouxe
àquela família Sua provisão de maneira extraordinária. A partir de um único
vaso de azeite que a viúva possuía, Deus foi capaz de multiplicar a quantidade
de óleo de modo a atender a necessidade urgente da família.
A fé que aquela mulher tinha no
Senhor tornou possível que ela saísse daquela situação crítica; permitiu que
ela apresentasse seu problema a Deus e confiasse nele para orientá-la no
sentido de encontrar a solução. Deus também deseja que você creia e busque em
Sua Palavra, e no conselho de seu pastor, a orientação sobre o que esperar dele
e sobre como agir com sabedoria nos momentos de escassez.
Um detalhe
importante no texto é a ordem de Eliseu para a mulher: “fecha a porta” (2Rs 4:4). O que se percebe aqui é
que o homem de Deus, Eliseu, não buscou notoriedade no milagre. Ele tinha plena
certeza que Deus era quem estava operando aquele grande milagre. Então a glória
pertencia a Deus e não ao profeta. Segundo o pr. José Gonçalves, é possível que
uma das causas da escassez de milagres hoje esteja na publicidade desenfreada.
Deus quer privacidade, mas os homens gostam de notoriedade. Gostam de aparecer
e vangloriar-se (Lc 12:15). Deixam a porta aberta para serem vistos!
3. Deus age com o
que você tem. Quando o profeta Eliseu perguntou à viúva sobre o que ela tinha em
casa, a resposta da mulher vem em um tom desanimador: “Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite”.
Ora, se para Deus o nada já é muita coisa, quanto mais uma botija de azeite. A
provisão milagrosa lhe veio mediante o que ela já tinha: um vaso de azeite. A
provisão foi dada na medida da fé que a mulher tinha e da sua capacidade de
armazenamento. Deus usou o que ela possuía para multiplicar-lhe os recursos e
realizar o milagre de que ela precisava. Para
Deus operar um milagre a quantidade não faz nenhuma
diferença. Vejamos:
·
Moisés – tinha uma vara: “… e os filhos de Israel passaram pelo meio do
mar em seco…” (Êx 14:16,21, 22).
·
Sansão – tinha uma queixada de um jumento: “… e feriu com ela mil
homens.” (Jz 15:15).
·
Davi – tinha uma funda e cinco pedras: “E assim… prevaleceu contra o
gigante filisteu…” (1Sm 17:40,50).
·
A viúva de Sarepta – tinha farinha na panela e azeite na botija: “… e
assim comeu ela… e a sua casa muitos dias” (1Rs 17:12,14,15).
·
Elias – tinha uma capa: “… e passaram ambos (Elias e Eliseu) o rio
Jordão em seco.” (2Rs 2:8).
·
Os discípulos – tinham cinco pães e dois peixinhos: “… e deram de comer
a quase cinco mil pessoas.” (Mc 6:37-44).
·
O apóstolo Pedro – tinha unção e poder e disse ao paralítico: “Não tenho
prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o
Nazareno, levanta e anda.” (At 3:6).
·
A mulher do profeta – tinha apenas uma botija de azeite. E foi a partir
desta botija de azeite que Deus operou o milagre: “E sucedeu que, todos os
vasos foram cheios…” (2Rs 4:2,6,7).
O milagre, portanto, depende do que
se têm. O que é que você tem em casa? Diante da pergunta, você poderia
responder: “Não tenho nada”. Não seja tão pessimista para enxergar o quão é
suficiente para Deus para fazer um grande milagre através daquilo que você
considera não ser nada. Um martelo é suficiente para transformar você num homem
de grandes negócios. Deus irá operar o milagre em sua vida a partir do que você
tem. Se nada oferecemos a Deus, Ele nada terá para usar. Mas Ele pode usar o
pouco que temos e transformá-lo em muito. “Sem fé é impossível agradar a Deus”.
Nós podemos nem ter
tudo, e, contudo, podemos ter conosco alguma coisa que Deus é capaz de abençoar
abundantemente – “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo
muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder
que em nós opera” (Ef 3:20).
Não perca a esperança! “O pouco pode
ser transformado em muito se for colocado nas mãos do Senhor e por Ele
abençoado” (Mc 6:30-44). Creia!
III. OS
INSTRUMENTOS DO MILAGRE: OBEDIÊNCIA, FÉ E AÇÃO
“Então, disse ele: Vai pede para ti vasos emprestados a todos os
teus vizinhos, vasos vazios, não poucos. Então, entra, e fecha a porta
sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à
parte o que estiver cheio. Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre
seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia” (2Rs
4:3-5). A mulher obedeceu à orientação do servo de Deus, usando o que ela tinha
em suas mãos, e o milagre da multiplicação do azeite aconteceu. A orientação do
profeta Eliseu foi simples e objetiva:
1. “…pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos
vazios, não poucos”. Às vezes temos que fazer algo que
esteja ao nosso alcance para receber o que Deus nos quer dar.
2. “…fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos…”. A mulher devia
fechar a porta, ficar a sós com seus filhos e trabalhar. Nem sempre as bênçãos
de Deus acontecem no meio de muita gente. Neste sentido, Jesus orientou assim:
“Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a
seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará”
(Mt 6:6).
3. “…fechou a porta
sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os
enchia”. A mulher foi ajudada por seus filhos. A participação de nossos
filhos na obra de Deus é a resposta às orações e à orientação dos pais. Isso é
uma bênção!
4. A viúva
recebeu além do seu pedido - “…E sucedeu que, cheios que foram
os vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não
há mais vaso nenhum. Então, o azeite parou “(2Rs 4:6). A viúva
recebeu do Senhor mais do que pedira. Seu pedido fora apenas que seus filhos
ficassem livres de viver na escravidão. Mas em sua pobreza, ela ainda tinha
muitas outras necessidades. Deus Se dispôs a suprir essas necessidades. Ele
constantemente dá aos seres humanos bênçãos muito maiores do que eles pedem
para si mesmos.
5. “ vivei do
resto”(2Rs 4:7). O milagre da multiplicação do azeite, além de resolver o problema
da dívida deixada pelo marido, proveu o sustento dela e dos filhos por muito
tempo. Às vezes Deus quer dar bênçãos duradouras e a pessoa quer apenas as
temporárias. Salvação é bênção duradoura. Cura de alguma enfermidade é
temporária.
Portanto, precisamos agir com fé,
pois a fé sem obras, sem atitudes, sem ação, é morta. A mulher pegou as
vasilhas e começou a enchê-las a partir da botija de azeite que ela tinha em
sua casa. Ela foi quem encheu as vasilhas e não o profeta. Este somente deu a
orientação. Da mesma forma, Deus nos orienta, conforme as nossas forças e os
nossos recursos, a agirmos e buscarmos a solução para os nossos problemas. Mas,
nós é que devemos que correr atrás, que buscar, que agir.
IV. O OBJETIVO DO
MILAGRE
1. Uma resposta ao
sofrimento. Conforme disse o pr. José Gonçalves, todos os milagres realizados
por Eliseu deixam bem claro que eles ocorreram em resposta a uma necessidade
humana e também ao sofrimento (2Rs 4:1-38;5:1-19; 6:1-7). O poder de Deus,
manifestado através de Eliseu, aumentou o pequeno suprimento do azeite da viúva
até uma quantidade que seria suficiente para saldar a dívida, e ainda sobrar
para atender à sua família.
Jesus Cristo realizou inúmeros
milagres. Ele libertava e curava porque se compadecia do sofrimento humano.
Veja dois exemplos dos milagres de Jesus em resposta ao sofrimento do ser humano:
- Jesus se compadece de uma mulher enferma e a cura: “E ensinava no sábado, numa das sinagogas. E eis que estava ali uma
mulher que tinha um espírito de enfermidade havia já dezoito anos; e andava
curvada e não podia de modo algum endireitar-se. E, vendo-a Jesus, chamou-a a
si, e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade. E impôs as mãos sobre
ela, e logo se endireitou e glorificava a Deus. E, tomando a palavra o príncipe
da sinagoga, indignado porque Jesus curava no sábado, disse à multidão: Seis
dias há em que é mister trabalhar; nestes, pois, vinde para serdes curados e
não no dia de sábado. Respondeu-lhe, porém, o Senhor e disse: Hipócrita, no
sábado não desprende da manjedoura cada um de vós o seu boi ou jumento e não o
leva a beber água? E não convinha soltar desta prisão, no dia de sábado, esta
filha de Abraão, a qual há dezoito anos Satanás mantinha presa?” (Lc
13:10-16).
- Cura de um
leproso: “E aproximou-se dele um leproso, que, rogando-lhe e pondo-se de
joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me. E Jesus, movido
de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo!
E, tendo ele dito isso, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo” (Mc
1:40-42).
2. Glorificar a
Deus. Os milagres exarados nas Escrituras objetivam a glorificar a Deus.
A maioria deles é uma resposta de Deus ao sofrimento do ser humano, todavia,
não se concentra no ser humano, mas em Deus. Diferentemente do que acontece
hoje em muitos segmentos cristãos, principalmente aqueles que se expõem na
mídia, os profetas do Antigo Testamento bem como os discípulos de Cristo nunca
buscaram chamar a atenção para si através dos milagres que realizavam, nem
tiravam proveitos deles. No Novo Testamento, os milagres estão diretamente
ligados com a obra salvífica de Cristo e tem a função de confirmar a palavra
que é pregada pelos mensageiros do Senhor.
O milagre não tem
por objetivo criar um espetáculo. Observe que os milagres não davam
testemunho dos apóstolos e sim do Senhor Jesus e da sua mensagem. Somente os
que buscam a própria gloria transformam os milagres em um show (é o que estamos
vendo hoje em muitas igrejas). Para esses, Jesus tem um recado: “Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós
em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não
fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci;
apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade”(Mt 7:22,23).
3. Mostrar aos
homens que a salvação é feita mediante a fé. O milagre é uma forma perceptível
de demonstração de que a fé é o meio pelo qual alguém obtém os benefícios da
parte de Deus, notadamente o do estabelecimento de uma comunhão com Ele por
meio do perdão dos pecados. A ressurreição de Lázaro, é uma comprovação de que um
dos intuitos dos milagres era despertar a fé salvadora no povo, pois as
Escrituras registram que muitos creram que Jesus era o Messias ao verem Lázaro
ressuscitado depois de quatro dias em que esteve sepultado (João 12:11,12).
4. Autenticar a
mensagem de Cristo. Após sua ressurreição e subida aos Céus, seus discípulos deram
prosseguimento à proclamação do Reino de Deus e, sem dúvida, os milagres
tiveram uma participação ativa nessa proclamação. Marcos, ao fim do seu
Evangelho, conta que quando os discípulos pregavam, o Senhor cooperava com eles
realizando milagres e dando validade à pregação, pois o poder de Deus era
demonstrado junto com as palavras – “E eles, tendo partido, pregaram
por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com
os sinais que se seguiram. Amém”(Mc 16:20).
5. O cuidado com a
supervalorização dos milagres. Os milagres não devem nortear a vida
do crente. Sinais e maravilhas são feitos pelo Senhor, que
utiliza a instrumentalidade humana para esse fim, mas isso não significa que
eles são o indicativo para a orientação de Deus às nossas vidas. Há pessoas que
se colocam como reféns de milagres, como se estes fossem o marco regulatório
para a vida cristã, e não tomam nenhuma postura ou atitude na vida se não virem
milagres à sua volta. Tais pessoas precisam aprender a crer que os milagres são
parte do Evangelho, mas que a Palavra de Deus é que deve nortear a vida do
crente. Os sinais seguem aqueles que seguem a Palavra de Deus, e não os que
crêem seguem os milagres.
CONCLUSÃO
No milagre que
Eliseu realizou na casa da viúva, vemos que é necessário obedecer aos
princípios de Deus exarados nas Escrituras Sagradas para alcançar a vitória
sobre a escassez. De nada adianta deixar-se dominar pela emoção, chorar e
demonstrar sua necessidade de forma aparente. É necessário que você obedeça aos
princípios divinos contidos nas Escrituras Sagradas. É necessário as
orientações do Senhor para que haja um milagre em sua casa, para que haja
fartura e bênção na sua vida. Deus espera que sigamos suas orientações sempre.
Não basta saber qual é a vontade de Deus para nossas vidas. É preciso obedecer
ao Senhor quando a vontade dele é revelada. Em certos casos, mesmo tendo a
providencia de Deus, é preciso sabedoria para tratar dos problemas. Aquela
viúva viu o milagre em sua casa, mas parece que ainda não tivera idéia de como
agir com toda aquela bênção. Ela retornou ao profeta Eliseu para lhe dar a
nova, e ouviu o profeta: “Então, veio ela e o fez saber
ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e
teus filhos vivei do resto”(2Rs 4:7).
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA
Lições Bíblicas do 1º Trimestre de
2013, Jovens e Adultos: Elias e Eliseu – Um ministério de poder para toda a
Igreja; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
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