31/01/2013

Estudo sobre o Tabernáculo


1TIPOLÔGIA BÍBLICA - O TABERNÁCULO


   Deus não se limitou a dar a Moisés instruções sobre o material a utilizar no Tabernáculo e nos seus pertences, e o respectivo modelo, mas também lhe indicou os nomes dos  principais artistas (Êxodo 35:30-35). Dois homens foram escolhidos para supervisionarem a obra, e também para transmitirem a outros homens seus conhecimentos. O principal era Bezaleel, neto de Hur (Êxodo 31:2; 35:30). Bezaleel devia ser, naquele tempo, ainda relativamente novo, pois seu avô, Hur,  ainda  estava  vivo  (Êxodo 17:10).   O  seu  nome  significa “à sombra de Deus”. O outro artífice, que o ajudava, era Aoliabe, filho de Aisamaque, cujo nome significa “o Pai é a minha habitação” (Êxodo 31:6; 35:34). Simbolismo
Quando Deus chama alguém para uma tarefa sempre o capacita, dando-lhe toda a sabedoria, inteligência e conhecimento necessários para a realizar. Todos  podem  auxiliar,  duma  maneira  ou  outra,  a  edificar o Santuário. Se assim fizermos o Senhor dar-nos-á uma bênção, assim como Moisés abençoou o povo (Êxodo 39:43).

2-    AS TÁBUAS - ÊXODO 26:15-30
Estando peregrinando pelo deserto tornava-se necessário aos israelitas terem uma construção simples, que pudesse ser facilmente erguida e desmontada com rapidez e ocupasse pouco espaço. Por isso era  portátil (Números 4). Esta a razão porque havia cortinas, colunas, ganchos, fitas, encaixes, anéis ou argolas, barras, etc..
O Tabernáculo era feito de 48 (ou 50) tábuas de madeira de acácia,  cobertas  de  ouro  (v.29),  com  4,5 a 5 metros  de comprimento  e  0,68  metros  a 1 metro de largura, formando assim as três paredes, ao sul, norte e ocidente. Isto dá-nos o comprimento do Tabernáculo, cerca de 14 metros (v.18).  Simbolismo

a) A madeira e o ouro sugerem a humanidade e divindade de Cristo. O crente é glorificado com o ouro da glória de Deus, depois de despojado do pecado (Apocalipse 1:6).
b) Cada tábua, em separado, pode ilustrar os crentes e ilustra de que possuem duas naturezas também. Como todos os outros homens, nós nascemos com a natureza pecaminosa de Adão.
c) Assim, como as tábuas vêm da floresta, também o cristão foi cortado, derrubado e transportado aos pés de Cristo, no estado bruto. Depois, é trabalhado, aparelhado com as ferramentas apropriadas da Sua Palavra e do Espírito Santo (Colossenses 2:11; 3:8-9).
3-    O ÁTRIO - ÊXODO 27:9-19; 40:6-8
O Átrio, ou Pátio, cercava o Tabernáculo, e tinha uma única porta de acesso, na extremidade leste, com 10 metros de largura, feita de uma coberta de linho fino bordado, de cores azul, púrpura, carmesim e branco (27:16),  presas a 4 colunas, com bases de cobre.
Servia para o povo se reunir com os sacerdotes e por intermédio deles ter acesso a Deus.
Simbolismo
a) O Átrio fala-nos da separação entre Deus e o pecador (Êxodo 38:10-15, 19, 31; Isaías 59:2).
b) A porta de entrada no Tabernáculo, fala-nos da única Porta de entrada e do único Caminho pelo qual o pecador pode entrar e aproximar-se de Deus, Jesus, que afirmou: “Eu Sou a Porta” (João 10:9) e “Eu Sou o Caminho” (João 14:6).
c) A Porta do Santuário apenas abria o caminho para as bênçãos temporais, mas Cristo dá-nos acesso a todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais, de que o Santuário era tipo. Pela Porta do Pátio entrava quem queria e, neste sentido, constituía admirável  tipo  de  Cristo:  “Quem quiser tome de graça da água da vida” (Apocalipse 22:17).



4-    O ALTAR DOS HOLOCAUSTOS –  ÊXODO 27:1-8
Quem entrasse no Pátio, a primeira coisa que podia ver era o Altar de cobre, a maior peça do Tabernáculo, colocada mesmo ao centro.  Este era usado para os holocaustos oferecidos a Deus. Nenhum homem se podia aproximar de Deus sem o sangue do sacrifício. Era neste grande Altar que eram sacrificados os animais, inteiros ou em partes, que eram trazidos aos sacerdotes como  oferta.  O  animal  era  queimado sobre o Altar toda a noite até de manhã (Levítico 6:9), sendo as cinzas transportadas depois pelo Sacerdote para fora do arraial,  para um lugar limpo (Levítico 6:11). A vítima era apresentada ao Sacerdote pelo pecador para ser imolada em seu lugar, por qualquer pecado  cometido.  Depois,  o  pecador punha  sobre  a  cabeça  da vítima  a  mão,  tansmitindo-lhe  a  culpa. Só então era imolada, e o seu sangue aspergido sobre as quatro pontas e o restante derramado,  também pelo Sacerdote, na base do Altar (Levítico 4:20). Simbolismo
a) O Altar dos Holocaustos, representa o Calvário onde Cristo foi sacrificado como expiação dos nossos pecados (Hebreus 9:22; 13:10; II Coríntios 5:21; Romanos 8:32). Em Jesus temos o perdão dos pecados pelo Seu sangue, segundo as riquezas da Sua graça (Efésios 1:7). A santidade de Deus exigia um sacrifício,  sacrifício  que  o  povo  tinha  de  fazer.  Para nós, Deus  providenciou  um  Cordeiro,  Cordeiro  de  Deus  que  tira  o pecado   do   mundo.    A  Bíblia  afirma: “Cristo,  nossa  Páscoa, foi sacrificado por nós” (I Coríntios 5:7).
b) A madeira, fala-nos da humanidade de Cristo.
c) As pontas,  indicam-nos  as  quatro  partidas  do  mundo, onde o Evangelho de Cristo será anunciado. Aspergidas, fala-nos do sangue de Jesus Cristo, que fez expiação por todos.
d) O fogo,  que consumia a madeira,  fala-nos dos juízos de Deus que consumiram a vida humana de Jesus.
e) Cada  cordeiro  morto  apontava para Jesus,  o verdadeiro “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Cristo, sendo inocente, morreu na cruz como culpado (II Coríntios 5:21).
f) O sangue da vítima, fala-nos do sangue do Senhor Jesus Cristo que “nos purifica de todo o pecado” (I Pedro 1:18-19).
g) As cinzas,  transportadas  para  fora do arraial,  falam-nos do  que  sucedeu  ao  corpo  de  Jesus,  levado  para  um  lugar limpo e não contaminado, o túmulo de José de Arimatéia (Mateus 27:57-60).
5-    A BACIA DE COBRE - ÊXODO 30:17-21
Esta Bacia, conhecida como Pia ou Lavatório e  também como Vaso da Purificação, uma vez que suas águas, como um espelho, revelavam os pecados cometidos, estava situada entre o Altar dos Holocaustos e a Porta do Santuário, ou Lugar Santo. Foi construída com as ofertas das mulheres, que ofereceram seus espelhos de bronze ( Êxodo 38:8 ). Aquilo que antes refletia suas faces naturais era agora usado para lembrar aos homens a sua necessidade de purificação espiritual, para que pudessem refletir a glória de Deus. Esta Bacia de cobre, continha água, e servia para a purificação dos Sacerdotes, antes de entrarem no Tabernáculo. Lavariam nela as mãos e os pés. Sem esta lavagem, o Sacerdote, sob pena de morte, não podia entrar no Santuário à presença do Senhor (Êxodo 29:4; 30:20-21).
Simbolismo
a) A Bacia, ou Lavatório, fala-nos da santidade de Deus e que, para O servir, os Seus servos devem ter mãos limpas e coração puro (Salmo 24:3-4). As lavagens ou purificações na grande Bacia do Tabernáculo, eram uma sombra daquela purificação real de que temos em Efésios: “Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela Palavra” (Efésios 5:26; João 15:3; Salmo 119:9).

b) Para adorarmos ao Senhor, devemos primeiro ser purificados,  interiormente,  no coração.  Sem a purificação ninguém pode ver a Deus. É o símbolo da operação do Espírito Santo na lavagem da regeneração (João 3:5; Tito 3:5; Efésios 5:25-27; Hebreus 10:21-22).
d) Assim como as dimensões da Bacia não são mencionadas, também não há limite para o poder purificador de Cristo (João 13:3-10; Hebreus 4:12-13).

6-    O SANTUARIO – O Santuário  estava  situado  à  entrada  do  Tabernáculo. Era  o  lugar  de  reunião  de  Deus  com  o  seu  povo,  porque ali Ele habitava (Êxodo 29:42-43).
Anteriormente à construção do Tabernáculo, o povo, para adorar a Deus,  acercava-se do Monte mas não se atrevia a tocá-lo nem a subi-lo, pois quem o fizesse morreria (Êxodo 19:17). Agora,  com  o  Tabernáculo,  Deus  habitava  no  meio deles ( Êxodo 25:8 ). Em Amós 4:12 os israelitas são avisados para “se prepararem para se encontrarem com o seu Deus”.
Simbolismo
Que  simbolismo  terá  o  Tabernáculo,  como  um  todo? Sua ideia central é: “Deus conosco”. Deus habitando no meio de um povo reunido e glorificado. Este simbolismo, tem sido cumprido de três maneiras diferentes:
1. Em Jesus Cristo
Na Pessoa de Seu Filho, Deus viveu entre os homens e foi companheiro deles. Notemos o significado do nome de Jesus: “Emanuel  -  Deus conosco” (Mateus 1:23). Há muita verdade nesta suposição. Deus morava no Tabernáculo e lá se manifestava ao povo.
João escreve: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” (João 1:14).
2. Na Igreja
Assim como Cristo mora, pelo Espírito Santo, nas Igrejas (nos crentes), assim Deus morava entre o povo por meio do Tabernáculo.
O Senhor é o nosso Deus e nós o Seu povo. “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”  (Mateus 18:20). Os crentes, unidos, formam o Templo de  Deus (II Coríntios 6:16). Em Apocalipse, lemos: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei” (3:20).
3. No Crente
Deus mora no crente pelo Espírito Santo. Nosso corpo é o Santuário (Tabernáculo) do Espírito Santo (I Coríntios 6:19). Pelo Espírito Santo Deus habita no coração de cada crente verdadeiro (João 14:23). Quando o coração do crente se abre para habitação do Deus trino, Deus fará nele morada.
7-    A COBERTURA - ÊXODO 26:1-14
Estas Coberturas eram tapeçarias lindamente tecidas em linho branco e fazenda azul, roxa e vermelha, com figuras de querubins tecidas ou bordadas. Estas cobertas, num total de 4, esticavam-se no alto e caíam quase até ao chão, em cada lado da construção. Seguindo a ordem do exterior para o interior, temos as seguintes coberturas:
1. A Primeira Coberta, ou a Bela Cobertura (v. 1-6)
Esta cortina era vista somente pelos sacerdotes “no interior do véu” (Hebreus 6:19). Era conhecida como a cortina interior ou o forro do Tabernáculo. Muito bela, combinava com as paredes revestidas de ouro. Era feita quatro cores (branco, azul, púrpura e carmesim, com desenhos de querubins).
Simbolismo
a) Estas cortinas lembram-nos a pureza de Cristo e a beleza da sua santidade (Salmos 29:2).
b) O linho fino fala das riquezas reais, do Rei dos reis e  Senhor dos senhores (João 19:2),
tendo todos os remidos a contemplarem sua glória e beleza (Apocalipse 1:5-6).
c) Os anjos bordados nas belas cortinas representam as hostes celestiais,  rodeando o trono de Deus (Apocalipse 7:9, 13-15).
2. De Pêlos de Cabra Branca (vs. 7-13)
Por cima estava esta coberta. Era constituída por 11 cobertas tecidas de pelo de cabra, medindo cada uma de 20 metros de comprimento por 2 de largura (vs.7-8), unidas por 50 ganchos de cobre. Formavam dois grupos de 5 cortinas cada, ficando a sexta dobrada diante da tenda (v.9).
As cortinas eram juntas umas às outras com 50 laços e  50 colchetes de cobre (vs. 10-11). A largura da cortina extra era usada dobrando uma parte sobre a frente, e a outra parte pendia sobre as costas do Tabernáculo (v. 12). Estas cortinas ocultavam a beleza da bela cortina aos que se encontravam fora.
Simbolismo
a) As cabras nos recordam o Dia da Expiação, quando os animais eram sacrificados para que Deus perdoasse os pecados de Israel. As cabras significam que Aquele que não teve pecado foi feito pecado por nós, de modo a que Deus nos pode perdoar e já se não lembra de nossos pecados (Hebreus 8:12).
b) Esta coberta revela-nos os benditos resultados da morte expiatória de Cristo, ao remover todas as nossas transgressões. Assim, como o sacerdote levava o animal para o deserto, para não mais voltar, assim o Salvador “tira” os pecados de todos os que crêem (Isaías 1:18).
c) Purificado pelo sangue de Jesus, o crente vê o pecado afastado para tão longe como o oriente está longe do ocidente, para não mais serem lembrados (Salmos 103:12).
3. De Peles de Carneiro, tingidas de vermelho (v.14)
Eram peles tingidas de vermelho. Esta coberta ficava logo abaixo da de peles de animais marinhos. Ficava logo a descoberto assim que a de cima era removida (Génesis 22:13).
Esta coberta media 14 metros pelo menos por 20 metros. O tamanho empinado desta coberta indica como precioso é o sacrifício de Jesus.
Simbolismo
a) Isaías profetizou do Messias uns 750 anos antes da crucificação: “Ele foi oprimido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e, como ovelha muda perante  os  seus  tosquiadores,  ele  não  abriu  a  sua  boca” (Isaías 53:7)
b) Simboliza a expiação, pois o vermelho tipifica o sangue de Jesus derramado na cruz  do  Calvário e aponta para Ele como “o  Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29).
c) Muito significativo foi o carneiro que Deus colocou para ser sacrificado em lugar de Isaque (Génesis 22:8, 13). O carneiro fala, então, de consagração e obediência a Deus. Podemos ver aqui, Cristo em seu sofrimento e obediência até à cruz ( Filipenses 2:8 ), sendo o substituto dos pecadores (Isaías 53:4).
d) O vermelho fala-nos do sangue de Jesus: “Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mateus 26:28; I Pedro 1:19), e que “o sangue de Jesus Cristo, seu Filho,  nos limpa de todo o pecado” (I João 1:7).
4. De Peles de Animais Marinhos (focas?) (v.14)
Era a mais exterior de todas, colocada sobre a coberta de peles de carneiro, para proteger contra as intempéries. Não tinha quaisquer adornos. Do lado de fora do Tabernáculo nada se via de especial que chamasse a atenção.
Esta coberta impedia a quem estivesse de fora do Átrio de ver o que havia do lado de dentro do pátio. Era algo rústico e sem beleza ou atractivo algum.
Simbolismo
a) Esta coberta indica-nos a santa vigilância com que o Senhor Jesus estava em guarda contra a aproximação de tudo que era hostil ao fim que absorvia toda a alma. Era um testemunho de Deus na terra.
b) Lembra-nos o Senhor, o Salvador, desprezado aos olhos dos que O observavam (Marcos 15:29; Lucas 23:35). Isaías diz: “Não tinha formosura; nenhuma beleza para que o desejássemos” (Isaías 52:14; 53:2-3).
c) A vista humana só podia distinguir o aspecto natural, porém não podia ver nada da graça moral, realeza e dignidade que se ocultavam debaixo da forma exterior do desprezado e humilde Jesus.
d) Tal como a coberta não tina qualquer beleza, Isaías diz de Jesus: “Não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos. Era  desprezado... e  não  fizemos  dele  caso  algum” (Isaías 53:2-3). 

8-    O LUGAR SANTO - ÊXODO 37:10-29
O Lugar Santo era a habitação dos Sacerdotes. Era neste Lugar, também chamado “o Tabernáculo da Congregação”, onde os Sacerdotes entravam diariamente para os serviços que  prestavam  a  Deus.  Nele  sefazia  a  maior  parte  de  todo  o  ritual e a vida religiosa. Suas dimensões eram de, aproximadamente, 10 metros de comprimento por 5 de largura. Havia três peças de mobiliário no Lugar Santo: 1. A Mesa dos Pães da Proposição. Estava situada à direita de quem entrava. Nela os pães eram apresentados diante de Deus para representar a consagração dos frutos do trabalho do povo de Deus. 2. O Castiçal, ou Candelabro Estava situado do lado esquerdo. Israel foi chamado para ser uma luz, por sua vida e por suas palavras, para testemunhar de Deus no meio das trevas mundanas. 3. O Altar de Incenso Encontrava-se situado bem defronte do Véu. Era o símbolo do louvor e da adoração a Deus.
A MESA DOS PÃES - ÊXODO 25:23-30
Esta Mesa estava situada do lado norte, à entrada da Tenda, lado direito. Era feita da madeira de acácia, revestida de ouro puro. As suas medidas eram de cerca de 1 metro de comprimento, por 50 centímetros de largura e 70 de altura.
A toda a volta havia uma coroa de ouro, cuja finalidade era evitar que, quando a Mesa era transportada, os pães viessem a cair. Era nesta Mesa que os Sacerdotes colocavam, dispostos em duas filas, os 12 pães, em forma de bolos achatados, seis de cada lado (Levítico 24:6), e que eram conhecidos como “Pães da Presença”. Representavam as 12 tribos de Israel e eram a prova do Concerto que o Senhor tinha feito com o seu povo, na dádiva do pão material (Êxodo  23:25). Este pães representavam, também, a consagração dos frutos do trabalho.
Simbolismo - A Mesa dos Pães da Proposição tem para o crente grande simbolismo:
a) Lembra-nos a presença de Cristo na terra, o Emanuel “Deus Conosco” (Isaías 7:14; Mateus 1:23).
b) Os  pães  falam-nos  de  Cristo,  o  Pão  vivo  que  desceu do Céu, o Pão da Vida, o alimento espiritual do povo de Deus (João 6:48-51, 58; Efésios 5:2).
c) Recorda-nos a gratidão a Deus pelo pão de cada dia (Lucas 11:3).
d) O pão e o vinho recordam-nos o Memorial da Ceia do Senhor (I Coríntios 11:23, 25).
e) Mostram-nos a unidade do povo de Deus. Jesus, o nosso amado Salvador, orou para que os discípulos fossem um (João 17:11). Os verdadeiros discípulos do Mestre devem ser todos um em Cristo (João 11:42; Efésios 4:4).
f) Nas  Escrituras  encontramos  aquilo  que  nos  satisfaz. Em Jeremias 15:16, o profeta diz: “Achei as Tuas palavras e as comi”. Comer é apreciar e assimilar. A leitura da Palavra de Deus e a sua meditação sobre ela contribuem para o crescimento do nosso homem espiritual. 
O CASTIÇAL
ÊXODO 25:31-40; 37:17-24
Este Castiçal, também conhecido como Candelabro, estava situado do lado esquerdo do Lugar Santo, no lado sul. Estava ali colocado não só para iluminar, mas para simbolizar que Deus era a Luz para eles, e que eles, por sua vez, deviam ser luz para todo o mundo (Mateus 5:14-16).
Este Castiçal era formado por uma haste central (v. 34), com três braços de cada lado, todos encurvados e chegando à mesma altura, assim formando sete lâmpadas (v. 32), o número perfeito. As próprias lâmpadas tinham a forma de um lírio aberto segurando uma taça.
Este Castiçal era feito de uma só peça, de ouro puro batido (v. 36), pesando aproximadamente entre 30 a 42 quilos, o que lhe dava muito valor. Sua altura atingia cerca de 1 metro e meio, sendo a sua largura de 1 metro de um extremo ao outro.
Seus braços terminavam com uma lamparina que recebia azeite puro de oliveira, que era trazido pelo povo, e as lamparinas eram espevitadas e acesas diariamente de tarde e apagadas cada manhã à hora do incenso (Êxodo 27:20-21; 30:7-8; Levítico 24:2-4).
Debaixo de cada lamparina estavam colocados uns pratinhos destinados a receber as gotas de azeite, para que tudo permanecesse limpo (Êxodo 25:31-40; 37:17-24; Levítico 24:1-3; I Samuel 3:3; II Crônicas 13:11). Haviam também espevitadores e apagadores, também feitos de ouro puro. Aos Sacerdotes cumpria espevitar estas sete lâmpadas.
No Tabernáculo não havia janelas. A luz do Castiçal era a única que iluminava todo o Lugar Santo, e sua presença neste lugar simbolizava o testemunho de Israel perante o mundo. O testemunho de Deus nunca devia cessar. Simbolismo

a) O Castiçal de ouro  simboliza Cristo, a Luz do Mundo. Ele veio trazer luz aos homens. Sua  vida era a personificação da luz (João 1:4-9; 9:5; 12:46).
b) As 7 lamparinas num só Castiçal, simbolizam a unidade da Igreja, cujo testemunho deve ser contínuo. No Apocalipse apareceram a João sete castiçais de ouro, cada um deles simbolizando uma das sete igrejas da Ásia, no meio das quais estava o próprio Senhor (Apocalipse 1:12, 13, 20; 2:5), dando a ideia de que cabe às Igrejas de Cristo serem a do Evangelho. O sete é o número perfeito, a perfeição absoluta.
c) A haste central fala-nos de Cristo, a  Luz  do  mundo. Só unidos a Jesus,  dependendo  d’Ele,  podemos dar luz ou ser portadores dela (João 8:12).
d) As outras seis lâmpadas, três de cada lado, simbolizam os crentes cheios do Espírito Santo, os quais também iluminam o mundo.
e O azeite é a figura do Espírito Santo, o qual não deve ficar no crente, para que a luz em sua vida brilhe iluminando os que estão perto de si (Mateus 5:14; Romanos 1:9; II Coríntios 2:15).
O ALTAR DE INCENSO
ÊXODO 30:1-10
Este Altar, que era também chamado “Altar de Ouro” (Êxodo 39:38; 40:26), estava situado no centro, em frente, à entrada para o Lugar Santíssimo, diante do Véu que ocultava a Arca do Testemunho (v. 6). Era uma peça feita de madeira de acácia, toda coberta a ouro, de forma quadrada, e media 1 metro de altura por 50 centímetros de cada lado. O fogo deste Altar era aceso pelo próprio Deus, e conservado de maneira sagrada. Cada tarde, ao acender o Castiçal, seria queimado incenso, enquanto o povo orava a Deus, e cada manhã, ao ser apagado o Castiçal, novamente era queimado incenso ( v. 8 ).
Simbolismo
a) O Altar de Incenso fala-nos do Senhor Jesus, como nosso intercessor, na sua santidade e sua divindade. Jesus, como o grande Sumo Sacerdote,  ofereceu  os  nossos  louvores  a  Deus, e vive intercedendo por nós (Hebreus 7:25).

b) O Altar sempre pronto, fala-nos da intercessão contínua de Cristo: “Eu estou convosco todos os dias” (Mateus 28:20). Simboliza a oração perpétua (Apocalipse 8:3-5).
c) O Altar de ouro está associado à oração. Zacarias, o Sacerdote,  queimava incenso no Templo,  enquanto o povo lá fora estava orando (Lucas 1:9-10).  Lembra-nos  a  necessidade da oração diária, da leitura da Palavra de Deus e respectiva meditação (Lucas 1:9-10; Actos 16:13).
d) O Altar de Incenso é, também, o símbolo de louvor a Deus (Salmo 141:2; Apocalipse 5:8; 8:3-5).
9-    O LUGAR SANTÍSSIMO - ÊXODO 40:3
Era o lugar mais interior do Tabernáculo e representava, para o povo de Deus, o lugar de habitação do Altíssimo. Era de forma quadrada, com 5 metros de comprimento por outro tanto de largura. Estava separado do resto do Tabernáculo por 5 colunas iguais às da entrada (Êxodo 26:31-33; 36:35-36), cobertas com um Véu.
Só podia transpor aquele Véu o Sumo-Sacerdote, uma só vez por ano, e no Dia da Expiação (Levítico 16; Hebreus 9:3, 24), quando levava o sangue do animal sacrificado e o aspergia sobre o Propiciatório. Se alguém o fizesse noutras condições e tocasse na Arca, ficava sob a pena de morte (Números 6:15; II Samuel 6:7). Simbolismo
a) O Lugar Santo dos Santos simboliza os Céus, o  lugar onde se encontra o maior e mais perfeito Santo dos Santos (Hebreus 9:11-14; 10:19-20).
Deus queria ensinar que Ele é Santo,  Puro e Todo-Poderoso, e que o pecador, por si mesmo, não pode chegar à Sua presença, sem pedir perdão. Assim, como morria qualquer um que entrasse no Lugar mais Santo, assim morre o pecador que tenta chegar a Deus sem antes ter lavado os seus pecados no sangue de Jesus.
No Santíssimo havia:
1. A Arca do Concerto - 2. O Propiciatório - 3. O Véu
O Véu é a única coisa que separa o Lugar santo do Santo dos Santos! 
O VÉU - ÊXODO 26:1-37
Separando o Lugar Santíssimo do Lugar Santo, estava o Véu de grande espessura, feito em tecido semelhante ao reposteiro da porta do Pátio, de linho finíssimo entrelaçado em uma só peça, primorosamente bordado de querubins, nas cores azul, púrpura e escarlate, o que originava o escurecimento do Lugar mais Santo, não permitindo deste modo que o Sacerdote, oficiando durante o ano, olhasse para dentro do Santíssimo e morresse, pois sendo o lugar onde Deus declarou que moraria, Ele não podia ser visto por ninguém.
Simbolismo
a) O Véu fala-nos de Cristo como meio de se entrar na presença de Deus. Na hora da morte de Cristo, o véu do templo foi rasgado de alto a baixo, e Seu sangue precioso abriu um caminho novo e vivo para Deus (Mateus 27:51; Hebreus 10:19-20). O legalismo terminara com Cristo, o Sumo Sacerdote, o qual tornou aberto o caminho ao Pai e tornou possível a todo o pecador chegar-se a Ele pela fé (Marcos 15:37-38; Efésios 2:7; Hebreus 10:19-20).
b) Vedando a entrada do Santíssimo, este Véu era o símbolo expressivo da verdade que, pelas obras da lei, nenhuma carne será justificada (Romanos 3:20; Hebreus 9:7-9).
c) No Calvário, Cristo tomou sobre si os nossos pecados, pois eles nos separavam de Deus (João 14:6; Hebreus 10:19-20).
d) Arão só podia entrar para além do Véu uma vez por ano. Para nós, os crentes, não há restrições. Podemos entrar com ousadia pelo Seu sangue (Efésios 1:7; Hebreus 10:19-22).

10- A ARCA DO CONCERTO - ÊXODO 25:10-22
A Arca da Aliança é o móvel mais sagrado de todo o Tabernáculo. Foi a primeira coisa mencionada por Deus quando ordenou a Moisés a construção do Tabernáculo (Êxodo 25:10; 37:1-9). Era a única peça dentro do Santíssimo, e encontrava-se diante do Véu.
A tampa da Arca, ou cobertura, chamada Propiciatório (Êxodo 25:10-22), era do mesmo comprimento e largura da caixa, e era uma única peça em ouro puro (vs. 10-11, 17). Era aqui que se encontrava o fogo do Shekinah (glória perpétua), sinal da presença de Deus. O Senhor aparecia na nuvem sobre o Propiciatório e comunicava com Moisés (Números 7:89), a quem dava as suas instruções aos israelitas. Moisés as comunicava a seu irmão Arão, evitando a sua entrada a qualquer hora no Santuário, sob pena de morte, quando da aparição do Senhor (Levítico 16:2). 
A Arca do Concerto é também conhecida nas Escrituras como a Arca do Testemunho (Êxodo 25:22), porque continha os mandamentos e os testemunhos de Deus. Ficou também conhecida como:
a) A Arca (Êxodo 25:10)
b) A Arca do Concerto (Números 10:33
c) A Arca do Senhor Deus (I Reis 2:26)
d) A Arca do Senhor (Josué 3:13)
e) A Arca do Concerto de Deus (Juizes 20:27)
f) A Arca de Deus (I Samuel 3:3)
g) A Arca do Concerto do Senhor (I Samuel 4:4)
h) A Arca do Senhor de Israel (I Samuel 5:7)
i) A Arca de Deus, o Senhor (I Crónicas 13:6)
j) A Arca do Senhor Deus de Israel (I Crónicas 15:3)
l) A Arca Sagrada (II Crónicas 35:3)
m) A Arca da Tua Força (II. Crónicas 6:41; Salmo 132:8
n) A Arca da Aliança (Josué 3:6)
o) A Arca do Nosso Deus (II Crónicas 13:3
11- Dentro da Arca estavam guardados:
1. As Duas Tábuas da Lei
Isto nos fala do Deus Eterno que nos foi dado como uma dádiva a fim de que O conheçamos. Eram as segundas tábuas da Lei, pois as primeiras haviam sido quebradas ao pé do monte (Êxodo 25:16;). Eram a lembrança ou memorial da vontade divina para o povo (Deuteronômio 31:26).
Isto tipifica a pureza da Palavra, escrita em tábuas lavradas por Moisés, porém com o conteúdo divino! 2. A Vara de Arão
A Vara nos fala da autoridade conferida a alguém. Esta Vara encontrava-se florescida (Números 17:10, 16-26; Hebreus 9:4), como a prova permanente da sua divina direção.
Quando a nossa autoridade é colocada diante do Eterno, ela brota, aparece para que todos vejam e saibam que nosso ministério foi realmente dado a nós por Deus!
3. Um Vaso de Ouro cheio de Maná
O Maná fala do alimento diário que foi dado por Deus ao seu povo enquanto caminhava no deserto, que eles comeram até à entrada na terra prometida (Êxodo 16:32-34; Hebreus 9:4). Era originário do Céu.
Quando da consagração do primeiro Templo, na cidade de Davi, oficiada por Salomão, a Arca foi nele colocada, juntamente com os outros apetrechos do Tabernáculo, e os seus varais foram retirados, uma vez que Israel passou a ocupar a sua terra, deixando assim de ser peregrina no deserto (I Reis 8:1-11).
Simbolismo
a) A Arca do Concerto, contendo as Tábuas da Lei, o Propiciatório em cima e os querubins com as suas asas estendidas, representam o trono de Deus (Isaías 6:2).
b) A Arca tipifica a presença de Deus com o seu povo (Êxodo 25:22; Mateus 1:23).
c) As Tábuas inteiras, mostravam o concerto de Deus no meio de um povo dado ao erro. Por esta razão a Arca não continha as Tábuas quebradas dentro do seu interior sagrado.
d) A Vara, era o símbolo da comunhão sacerdotal. Era “um sinal para os filhos rebeldes”, para acabar com as “suas murmurações” (Êxodo 16:32-34; Números 17:10). Florescida, era o símbolo, também, da ressurreição (Salmo 23:4).
e) O Maná, aponta-nos para a provisão divina, o “Pão da Vida”, que desceu do Céu: Jesus (João 6:58).
f) O Propiciatório significa “onde Deus nos é propício”, nos é favorável (I João 2:2), e também quer dizer “Deus conosco” (Mateus 1:23).
g) É, também, uma representação de Cristo, pois através d’Ele nos podemos encontrar com Deus, ter comunhão com Ele, achar misericórdia e graça (Romanos 3:25; Hebreus 4:16; 9:5-14),
h) O  sangue  sobre  o  Propiciatório  respondia  pelas transgressões do povo. Falava da possibilidade expressa em Hebreus 4:16: “Cheguemo-nos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, para sermos ajudados em tempo oportuno”.
i) Os querubins simbolizam o poder e a justiça de Deus: quando Adão e Eva foram expulsos do jardim do Éden, Deus pôs um anjo com uma espada inflamada a guardar o caminho da árvore da vida (Génesis 3:24)
O SACERDOTE
Em Levítico 16:12, lemos que o Sumo Sacerdote não ousava entrar sem as vestes próprias que Deus designara, porque Deus é Santo, nem entrava sem levar consigo o incensário aromático que, uma vez queimado, provocava uma nuvem de incenso que cobria o Propiciatório. Se assim não fizesse morreria, como morreram os dois filhos de Arão diante de Deus.
Foi este ato que  determinou  a proibição do Sumo Sacerdote entrar, em todo o tempo, no Lugar Santíssimo. Só ali podia entrar uma vez por ano (Levítico 10:1-2;16:1-2). No Lugar Santo, os Sacerdotes podiam ver a beleza do Véu que os separava do Lugar Santíssimo e também o teto feito do mesmo material.
Funções dos Sacerdotes:
a) Servir como mediadores entre o povo e Deus, interceder pelo povo e expiar o pecado mediante sacrifício, e desse modo reconciliar o povo com Deus.

b) Consultar a Deus para discernir a vontade divina para o povo ( Números 27:21; Deuteronómio 33:8 ).

c) Ser intérpretes e mestres da lei e ensinar ao povo os estatutos do Senhor (Levítico 10:11; Ezequiel 44:23).

d) Ministrar as coisas sagradas do Tabernáculo.

O Sumo Sacerdote:
Era o Sacerdote mais importante. Somente ele entrava uma vez por ano no Lugar Santíssimo para expiar os pecados da nação israelita. Somente ele usava o peitoral com os nomes das tribos e actuava como mediador entre toda a nação e Deus. Somente ele tinha o direito de consultar o Senhor.

Requisitos dos Sacerdotes:
Adquire relevo a santidade do Sacerdote ao considerar os requisitos para o ofício (Levítico 21 e 22) Era preciso ser homem sem defeito físico (21:16-21). Devia ser casado com uma mulher de caráter exemplar. Não se devia contaminar com costumes pagãos nem tocar em coisas imundas.

As Vestes dos Sacerdotes
Conforme lemos em Êxodo 28, as vestes sacerdotais eram feitas do melhor linho e eram bem confeccionadas para que os sacerdotes estivessem vestidos com dignidade.

1. A Túnica (Êxodo 28:39)

Era a primeira peça descrita. Todos os Sacerdotes usavam uma túnica branca feita de linho, colocada por baixo das demais peças, que lhes recordava o seu dever de viverem uma vida pura e santa. Simboliza a pureza do Evangelho que é colocada bem próximo de nós, em nosso coração.

2. O Manto (Êxodo 28:31-35)
Sobre a túnica usavam um manto azul que se estendia do pescoço até abaixo dos joelhos. O Manto era menor do que a Túnica. Possuía uma abertura para a cabeça e era bordada com romãs em azul, púrpura e carmesim.

Havia também campainhas de ouro, entre uma romã e outra. As romãs simbolizam os frutos e as campainha os dons, que só poderão surgir em nós quando tivermos uma vida redimida (carmesim), glorificada (a púrpura) e quando estivermos sentados nos lugares celestiais (azul), conforme Efésios 2:5-6).

As campainhas de ouro anunciavam os movimentos do Sumo Sacerdote à congregação fora do Tabernáculo no dia da expiação. Desse modo sabiam que ele não havia morrido ao entrar no Lugar Santíssimo, mas que sua mediação havia sido aceite.

3. A Estola (Êxodo 28:6-12; 39:2-7)
A Estola, também conhecida como Éfode ou faixa sacerdotal, era uma espécie de corpete preso por um cinto e ombreiras. Era feito de linho nas cores ouro, azul, púrpura e escarlate. Duas pedras berilo (pedra semipreciosa e transparente) eram postas sobre as ombreiras (7). As pedras traziam gravados os nomes das tribos de Israel (9), sendo 6 em cada uma (10). Assim, o Sumo Sacerdote, representava a todo o Israel no ministério da mediação.

4. O Peitoral (Êxodo 28:15-21, 29-30)
Sobre o Éfode, na frente, colocava-se o Peitoral. Era uma bolsa quadrada. Era a parte mais significativa e mística das vestes sacerdotais. Tinha na frente 12 pedras de diferentes tipos e cores.

Cada pedra preciosa tinha o nome de uma das 12 tribos de Israel. De modo que o Sumo Sacerdote levava seus nomes ao mesmo tempo sobre os ombros, a parte do corpo que representa a força, e no Peitoral “sobre o coração”, o órgão representativo da reflexão e do amor.

Ele não somente representava a Israel diante de Deus mas também intercedia em favor de sua nação. A verdadeira intercessão brota do coração e se realiza com todo o vigor. Sobretudo, é uma imagem de nosso grande Intercessor no céu, em cujas mãos estão gravados nossos nomes (Isaías 49:16).

O Sumo Sacerdote usava dentro do Peitoral o Urim e o Tumim, que significam “luz e perfeição”. Eram usados para consultar o Senhor. Segundo se crê, eram duas pedrinhas, uma indicando resposta negativa e a outra, resposta positiva.

Não se sabe como eram usadas, mas é provável que fossem retiradas de algum lugar ou lançadas ao acaso, como vemos às vezes, ao fazer-se uma consulta propondo uma alternativa: farei isto ou aquilo? E, segundo saísse Urim ou Tumim, interpretava-se a resposta (I Samuel 14:36-42; II Samuel 5:19).

5. O Turbante e a Coroa (Êxodo 28:36-38)
Era um Turbante (mitra), feito de linho branco, apropriado para cobrir a cabeça do Sumo Sacerdote, que tinha, na parte dianteira, uma lâmina de ouro puro, chamada Coroa, com as palavras “Santidade ao Senhor” gravadas sobre ela.

Proclamava que a santidade é a essência da natureza de Deus e indispensável a todo o verdadeiro culto prestado a Ele. O Sumo Sacerdote era a personificação de Israel e sempre era seu dever trazer à memória de seu povo a santidade de Deus. As vestes manifestavam a dignidade da mediação sacerdotal bem como a formosura do culto mediante a harmonização das magníficas vestes com as cores do Santuário. Hoje temos o capacete da salvação (Efésios 6:17) que é a nossa santidade, pois sem ela ninguém verá o Senhor (Hebreus 12:14).

6. O Cinto (Êxodo 28:8, 28)
O cinto representa a verdade (Efésios 6:14). Assim devemos revestir todo o nosso entendimento com a verdade e esperar na graça e na revelação de Jesus Cristo (I Pedro 1:13).













1 comentários:

Unknown disse...

Excelente estudo muito obrigado

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